quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CANTO DA TERRA: ABRINDO A PORTEIRA - AI, SATIAGRAHA, AI, AI...

CANTO DA TERRA: ABRINDO A PORTEIRA - AI, SATIAGRAHA, AI, AI...

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O valor de um ser humano reside na capacidade de ir além de ele próprio,
de sair de dentro de si próprio, de existir dentro de si próprio e para as outras pessoas.
(Milan Kundera)




Amigas e Amigos,

         Ao abrir a porteira para mais uma semana, deparo-me com manifestações de rigoroso (des)controle do dinheiro público por parte dos poderes constituídos em terras brasileiras.

         A primeira notícia relacionada ao assunto diz respeito a devolução das 27 fazendas, com 450 mil cabeças de gado, ao banqueiro Daniel Dantas (investigado por crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas), alvo da operação Satiagraha (que não tem qualquer relação com o "se eu pego", do M. Teló), da Polícia Federal.

         A outra decisão judicial de grande repercussão foi a que determinou a reintegração de posse de um terreno (1,3 milhão de metros quadrados), na comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos-SP, da massa falida da empresa Selecta S.A., do empresário Naji Nahas, também alvo da operação Satiagraha.



         Para reavivar a memória, recorri a uma matéria do jornal O Globo (http://oglobo.globo.com), de 8/07/2008, sobre uma entrevista coletiva do procurador da República Rodrigo de Grandis esclarecendo que “Daniel Dantas e Nahi Nahas comandavam duas organizações distintas, porém ambas voltadas a crimes no mercado financeiro”. Nesta mesma matéria, o delegado Protógenes Queiroz afirmava que essa situação era “perniciosa para o nosso país” e acrescentava:“Ficamos assustados com a estruturação das duas organizações e o nível de intimidação e poder de corromper delas [...] as investigações levaram a um desdobramento mostrando que eles também teriam participação no Mensalão”.


         Fica a vontade de que o propalado “ordenamento legal” e que as “decisões revestidas de densa fundamentação jurídica” não se percam por falácias. Fica, também, a expectativa de que todo o impacto provocado nos cofres públicos e nas divisas brasileiras sejam, devidamente, recuperados. E que tudo seja apenas uma coincidência de fatos dentro de uma ordenação temporal histórica. Mas, como se diria no linguajar gaúcho: Que baita coincidência, tchê!
  
A música disponível no Blog (link acima), para não esquecermos a imensa diferença existentes entre as classes sociais de nosso país, é “Operário, Vida, Viola”, com  Chico Rey & Paraná.


Um grande abraço e até a próxima!




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